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Denise Soares Santos, da BP: a hora certa de mudar

28 de agosto 2020 Paulo Araripe Jr.

Maior desafio foi comandar a distância sem ter certeza sobre a dimensão da pandemia

Mesmo costumada a participar de reuniões semanais e mensais com conselheiros e diretores, passar 90 dias fechada em home office foi um desafio para Denise Soares Santos, CEO da BP – Beneficência Portuguesa de São Paulo, um dos maiores complexos hospitalares privados brasileiros em número de leitos e que está na linha de frente no combate à pandemia da covid-19. Foi do espaço que divide com o filho de 9 anos e o marido, compulsoriamente reclusos devido ao isolamento social, que Denise comandou, virtualmente, seus quase 7 mil funcionários e participou de reuniões remotas com conselheiros, diretoria e médicos.

“No início me vi em um momento desafiador como gestora a distância no setor de saúde, pela dúvida quanto à dimensão que a pandemia teria no Brasil e seus efeitos sobre a oferta de nossos leitos e pelo desconhecido”, diz. Mas o desconhecido traz também novos desafios. E o desafio se tornou, mais uma vez, sua bússola.

Campeã pelo terceiro ano seguido no setor da Saúde, foi em 2008 que Denise, após 18 anos trabalhando com tecnologia na Siemens mudou para o ramo de saúde e comandou o Hospital São Luiz. Em 2013, foi convidada a reestruturar a Beneficência Portuguesa, uma velha senhora hoje com 106 anos, que naquele ano estava em situação financeira negativa. Sete anos depois, Denise dirige uma empresa com marca reposicionada no mercado – virou a BP -, transformada em polo de saúde e que opera no azul há cinco anos.

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Autor: Roseli Lopes
Referência: Valor Econômico