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Pandemia acelerou busca por apólices

16 de novembro 2020 Paulo Araripe Jr.

A empresária Adriana Bucci, de 47 anos, não tinha o hábito de se planejar financeiramente. Procrastinar os planos para o futuro foi sempre um hábito. Mas quando a pandemia de coronavírus explodiu no Brasil e sacudiu a economia ao redor do mundo, ela sentiu um sinal de alerta bater à porta.

“Eu já pensava em fazer um seguro de vida há algum tempo, mas o plano nunca saía do papel”, conta. “Todos ficaram muito apavorados com essa situação. A covid foi a cereja do bolo no meu caso.”

O timing foi preciso. Nos primeiros meses de isolamento, uma corretora entrou em contato com Adriana oferecendo um seguro de vida – por segurança, ela contratou a apólice.

“O ser humano não pensa na morte, mas esse é um fato que não podemos fugir. Se acontece algo comigo agora, meus familiares não terão dores de cabeça por conta de dinheiro”, diz.

Se Adriana tinha dificuldade para contratar um seguro de vida e aproveitou a pandemia para dar este passo, o publicitário André Santos, de 53 anos, usou o momento para refazer o orçamento familiar e encontrou um espaço para a previdência privada da sua filha recém-nascida, Marina, hoje com 7 meses. “A pandemia acelerou o meu processo de decisão”, diz.

O publicitário conta que fez o investimento da primogênita, Raquel, quando ela tinha apenas 1 ano. Hoje ela está com 15 anos, e o pai se diz satisfeito com o saldo acumulado no fundo.

Sobre a adesão em plena pandemia, ele diz que, apesar de ter enxugado alguns custos com planos de internet e TV, por exemplo, preferiu assumir um compromisso que deverá trazer retornos no futuro. “Quanto mais você protela, mais os anos passam e você demora para conquistar o objetivo que pretende”, afirma Santos.

Referência: Estado de São Paulo