Hospitais privados esperam que recuo sirva de alerta
01 de dezembro 2020
Taxa de ocupação média de leitos para covid-19 é de 84% na rede particular paulista
Com aumento expressivo no volume de internações e casos de pacientes acometidos pela covid-19 em novembro, os hospitais paulistas privados esperam que o retrocesso à fase amarela da quarentena em São Paulo sirva de alerta para a população reduzir as aglomerações que se intensificaram após a adoção da fase verde, em outubro.
Segundo representantes de hospitais privados, ainda não é possível mensurar se as novas medidas de restrição serão suficientes para reduzir a taxa de ocupação dos leitos destinados ao novo coronavírus – que hoje gira na casa dos 84% – mas “é uma mensagem importante para as pessoas entenderem que a pandemia não acabou. Retroceder um pouco agora é essencial”, disse Sidney Klajner, presidente do Hospital Albert Einstein, que viu o número de internações de casos de covid-19 aumentar de cerca de 50 para 93 na primeira quinzena de novembro.
Francisco Balestrin, presidente do SindHosp, sindicato dos hospitais privados de São Paulo, destacou que o recuo é necessário diante dos inúmeros episódios de aglomeração. “Os governos têm poder para coibir abusos e não deixar a doença evoluir. Com o aumento das internações nas últimas semanas, o efeito negativo acaba recaindo sobre os hospitais”, disse.
Autor: Beth Koike
Referência: Valor Econômico