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HC de Campinas também tem denúncia de que vacina foi aplicada em pessoas que não são do grupo prioritário

22 de janeiro 2021 Paulo Araripe Jr.

Ouvidoria recebeu relato de que até médico aposentado teria sido imunizado 

A revolta de profissionais da linha de frente no combate à Covid-19 com o fato de vacinas estarem sendo aplicadas em colegas que não atendem pacientes da doença mobilizou também o Hospital de Clínicas da Universidade de Campinas (Unicamp). Denúncias chegaram a ser encaminhadas à Ouvidoria da instituição.

PIRÃO

De acordo com a denúncia, pelo menos um infectologista já aposentado teria se vacinado.

Relatos afirmavam também que os residentes da linha de frente não recebiam imunizantes, enquanto a equipe de cardiologia era beneficiada.

BREQUE

O HC da Unicamp chegou a suspender temporariamente a vacinação para um “correto alinhamento de prioridades”. Ela já foi retomada.

COLETIVO

O hospital afirma também que criou um grupo de trabalho para regulamentar o assunto.

NO SUSTO

O vice-superintendente do HC da Unicamp, Plinio Trabasso, diz que o hospital esperava começar a campanha de vacinação no dia 25, como tinha anunciado o governador de SP, João Doria. E foi surpreendido com a antecipação do calendário.

NO SUSTO 2

Não houve tempo, portanto, para um plano detalhado —por isso a campanha chegou a ser suspensa. Além disso, a quantidade de doses é escassa —o hospital tem 6.000 profissionais de saúde e recebeu 4 mil doses, o suficiente para imunizar 2 mil pessoas.

LISTA

Ele afirma, no entanto, que a denúncia de que médicos aposentados estariam tomando vacina foi investigada —e não é verdadeira. Diz que os residentes que atendem Covid-19 já estão sendo imunizados. E afirma que apenas os cardiologistas que dão plantão na UTI foram beneficiados.

Autor: Monica Bergamo
Referência: Folha de São Paulo