Mudar rol pode ser retrocesso, diz Rebello
25 de fevereiro 2022 Paulo Araripe Jr.
Para presidente da ANS, regra de cobertura em análise pelo STJ pode encarecer planos e diminuir acesso
Uma possível mudança nas atuais regras de coberturas médicas pelos planos de saúde vem gerando debates acalorados.
O modelo vigente hoje é o que estabelece uma lista com cerca de 3 mil itens como cobertura miníma obrigatória – modelo conhecido como rol taxativo. Há uma discussão no Supremo Tribunal de Justiça (STJ) para que os planos de saúde passem a cobrir todos os procedimentos, o que foi batizado de rol exemplificativo. Já ocorreram duas sessões sobre o caso no STJ, em setembro e na quarta-feira, mas ambas foram adiadas, ainda sem data de uma próxima sessão.
Na visão de Paulo Rebello, presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a mudança para o modelo exemplificativo pode ser um retrocesso e encarecer o plano de saúde, porque as operadoras não terão mais um parâmetro dos gastos dos usuários dos convênios e vão precificar o plano nas alturas. Esse aumento, acrescenta, vai reduzir o acesso ao plano de saúde, em especial, do individual.
Autor: Beth Koike
Referência: Valor Econômico