Possibilidade da dona da Amil deixar Brasil já altera mercado de saúde
27 de abril 2022 Paulo Araripe Jr.
Segundo fontes, a Bradesco Saúde hoje corre para comprar hospitais. A Dasa que, no começo, só tinha interesse em hospitais e clínicas vai ter que olhar também para a carteira de planos de saúde
A possibilidade da americana UnitedHealth Group (UHG), dona da Amil, deixar o Brasil provocou uma mexida no setor de saúde. Grandes grupos locais já se movimentaram ou correm para não ficar para trás caso o ativo — formado por uma operadora com 5,5 milhões de usuários de planos de saúde e dental, 21 hospitais e 35 centros médicos nas principais regiões do país — seja vendido.
A UnitedHealth nega que esteja deixando o Brasil.
O negócio hospitalar e de clínicas é, atualmente, a cereja do bolo diante da consolidação deste mercado. A Dasa é uma forte candidata por conta da proximidade da família Bueno, fundadora da Amil e controladora do grupo que já tem a maior rede de medicina diagnóstica e está investindo fortemente em aquisições de hospitais.
Essa vantagem a favor da família Bueno motivou a Rede D’Or se juntar à SulAmérica e acabou desencadeando outros movimentos no setor. A Bradesco Saúde, adversária direta da SulAmérica, hoje corre para comprar hospitais. A Dasa que, no começo, só tinha interesse em hospitais e clínicas vai ter que olhar também para a carteira de planos de saúde, uma vez que Rede D’Or está com a SulAmérica, ainda de acordo com fontes.
Segundo fontes, a estratégia inicial da UnitedHealth era se desfazer, inicialmente, da carteira de planos individuais de saúde que impacta negativamente seu balanço e depois seria analisada a saída do país de todo o grupo americano, que não conseguiu deslanchar nesses 10 anos no Brasil.
Autor: Beth Koike
Referência: Valor Econômico