Empresas de saúde perdem rentabilidade
23 de maio 2022 Paulo Araripe Jr.
Mais afetadas foram Hapvida e Qualicorp, com grande perda de clientes
As 14 companhias de saúde de capital aberto – hospitais, laboratórios de medicina diagnostica e operadoras de convênio médico tiveram perda de rentabilidade no primeiro trimestre, quando comparado ao mesmo período do ano passado.
Os balanços foram impactos pelo ambiente macroeconômico, que levou a mais cancelamentos de planos de saúde, e pela onda da variante ômicron no início do ano, que reduziu a realização de outros procedimentos médicos e gerou receita menor aos prestadores de serviços.
Além disso, como boa parte das empresas de saúde vêm num forte processo de fusões e aquisições, que exigem recursos e elevam o endividamento, o resultado financeiro se deteriorou com a alta dos juros, refletindo no lucro líquido.
As mais afetadas no trimestre foram a operadora Hapvida e a corretora e administradora de convênios médicos Qualicorp, ambas com grande perda de clientes. A Hapvida, que concluiu sua fusão com a NotreDame Intermédica em fevereiro, teve 431 mil contratos suspensos e outros 157 mil cancelamentos devido à demissões nas empresas que ofereciam o benefício a seus funcionários. Houve 524 mil novas vendas, mas não foram suficientes para cobrir todas as perdas. O mesmo ocorreu com a Qualicorp, que conquistou 115,1 mil clientes, mas teve 131,1 mil baixas na carteira.
Autor: Beth Koike
Referência: Valor Econômico