Seguradoras evoluem em temas sustentáveis, diz confederação
03 de novembro 2022 Paulo Araripe Jr.
Relatório da CNSeg sugere que setor já desenvolve novos produtos relacionados à agenda ESG mesmo antes de novas regras da Susep
A atenção do mercado segurador em relação às questões ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês) deixou de ser voluntária e passará a ser uma obrigação com a entrada em vigor das regras da Superintendência Geral de Seguros Privados (Susep) sobre o assunto.
Mesmo antes disso, há uma evolução em direção à inovação, diversidade e produtos relacionados ao tema, mostra o relatório de sustentabilidade da Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg).
“O tema é caro para o setor de seguros. Há preocupações e oportunidades”, afirma a superintendente de relações de consumo e sustentabilidade da entidade, Luciana Dall’Agnol. De um lado, as empresas terão que se voltar, por exemplo, ao risco ambiental de suas carteiras e, de outro, abre-se um mercado para desenvolver novos produtos, diz ela.
Um exemplo de novos produtos foi a emissão da primeira apólice de seguro rural paramétrico do Brasil no ano passado, para produtores de cacau na Bahia. O contrato entre a seguradora e os agricultores tem como indicadores de risco as informações climáticas de estações meteorológicas do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Na visão da CNSeg, a definição de parâmetros numéricos tira a subjetividade do processo, e o maior volume de informações e de dados confiáveis reduz os riscos.
Autor: Juliana Schincariol
Referência: Valor Econômico