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Por que o IRB (IRB3) continua a ter prejuízos tão elevados? Entenda

18 de novembro 2022 Paulo Araripe Jr.

Baques seguidos vividos pela holding de resseguros têm levado analistas a colocar em dúvida a sustentabilidade do negócio

A saída de Raphael Carvalho da presidência do IRB Brasil Re, oficializada nesta madrugada, é o mais recente capítulo do drama vivido pelo ressegurador, que começou em fevereiro de 2020, com a suspeita de manipulação de resultados levantada pela gestora Squadra. Desde então, ao longo de quase três anos, a companhia tem acumulado diversos revezes na tentativa de se reerguer.

Foram baques seguidos vividos pela holding nos últimos anos, que incluem os efeitos da pandemia, complexas reestruturações de carteiras, de processos e da própria governança, a luta contra o desenquadramento regulatório, cenário macroeconômico desfavorável, catástrofes climáticas e grandes prejuízos que, nos últimos trimestres, têm levado analistas a colocar em dúvida a sustentabilidade do negócio.

Em 2022 até setembro, o IRB acumulou um prejuízo líquido de R$ 591,6 milhões. Na comparação com o mesmo período do ano passado, houve um crescimento de 89,73% do resultado negativo.

O desempenho deste ano se soma aos resultados ruins vistos nos anos anteriores e frustra investidores que esperavam números positivos após o intenso processo de reestruturação da companhia, iniciado há quase três anos. Em 2021, o prejuízo líquido alcançou R$ 682,7 milhões e, em 2020, a linha ficou negativa em R$ 1,481 bilhão.

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Autor: Sérgio Tauhata
Referência: Valor Econômico