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Saúde Financeira

06 de abril 2023 Paulo Araripe Jr.

Coluna do Broadcast

OLHO – Duas das maiores empresas de saúde do País, a Dasa e Hapvida, farão ofertas bilionárias de ações (follow-on) nas próximas duas semanas, numa tentativa de reduzir o endividamento. As operações terão participação das famílias donas das empresas e, segundo fontes, já têm demanda suficiente para serem fechadas.

DO DONO – A Dasa pode captar R$ 2,2 bilhões com a venda do lote extra, em oferta que terá o preço de venda da ação definida dia 18. A família Bueno vai colocar R$ 1 bilhão e o BTG Pactual, mais R$ 500 milhões.

NA RUA – Com o papel da Dasa perto das mínimas históricas, e uma sequência de resultados trimestrais que não agradaram, a avaliação é que será preciso um pouco mais de tempo para falar com os investidores do que em uma operação normal desse tipo. Assim, serão duas semanas de reuniões.

ALÍVIO –  Com a oferta de ações e mais uma venda de imóveis da família Bueno, que pode chegar a R$ 600 milhões, a Dasa melhora seu nível de alavancagem, mas ainda não resolve totalmente o problema do endividamento. O endividamento é o equivalente a 3,8 vezes o Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) e, no médio prazo, a família trabalha para que se reduza para 2 vezes.

MUDOU –  A Hapvida fará o processo de venda de ações no dia 12, em operação que pode chegar a R$ 1 bilhão. Inicialmente, bancos tentaram levar um fundo para ser sócio da empresa. Mas com uma sequência de resultados trimestrais ruins, a estratégia ficou de lado.

APOIO – A família Pinheiro Koren de Lima vai entrar com R$ 360 milhões da oferta; sobram R$ 640 milhões para o mercado. Em período de silêncio por causa das ofertas, as empresas não se pronunciaram.

Referência: Estado de São Paulo