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Planos de saúde contabilizam prejuízo

19 de julho 2023 Paulo Araripe Jr.

Capital S.A.

R$ 28 bilhões – É o valor estimado gasto em fraudes e desperdícios contra o setor

As operadoras médico hospitalares de saúde privada fecharam o ano de 2022 com prejuízo operacional de R$ 10,7 bilhões. “Isso demonstra a necessidade de buscarmos soluções a fim de potencializar a ampliação do acesso de mais pessoas aos produtos e serviços de saúde suplementar, em busca da sustentabilidade nos negócios”, afirma Vera Valente, diretora-executiva da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde). Algumas das causas do resultado negativo são as fraudes, com a cobrança e reembolso de procedimentos inexistentes.

Polêmica

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) autorizou em maio reajuste de até 9,63% para os planos de saúde individuais e familiares. Para setores de defesa do consumidor foi muito. O que impacta 8 milhões de pessoas, 16% do mercado. Mesmo assim, as seguradoras argumentam que os custos com procedimentos de saúde aumentaram em maior escala.

Aumento no número de atendimentos

Os planos de saúde cobriram, em 2022, 1,8 bilhão de procedimentos, englobando consultas, exames, terapias e internações, um aumento de 10,6% na comparação com o total em 2021. Os números foram divulgados pela ANS. Para a FenaSaúde, o resultado revela um novo padrão de uso do sistema, com crescimento importante de terapias ambulatoriais e o retorno das consultas de pronto-socorro.

Volume superior ao pré-pandemia

Em 2022, foram atendidos 50,4 milhões de beneficiários de planos médicos e 30,3 milhões nos planos odontológicos. Este foi o primeiro momento em que o setor superou os registros anteriores ao período pandêmico, em 2019. Foram registradas 264,7 milhões de consultas no país.

Autor: Samanta Sallum
Referência: Correio Braziliense